sexta-feira, 11 de março de 2011

Gira de Confraternização do Primado


Caboclo Arranca Toco


As giras de confraternização tem por finalidade reunir os CCT - Comandantes Chefes de Terreiro, para uma sessão de forte trabalho espiritual, tanto para firmeza como para fortalecimento de toda a comunidade.
É uma gira direcionada aos federados.

Calendário das Giras de Confraternizações e Reuniões 2011

Giras de Confraternização e Reuniões

27/02/11 - domingo - 15:00 às 18:00 h
29/05/11 - domingo - 15:00 às 18:00 h
28/08/11 - domingo - 15:00 às 18:00 h

Somente Reunião

27/11/11 - domingo - 15:00 às 18:00 h

Instruções do Caboclo Mirim








Abra o seu corpo, esqueça a vida material e fale somente o necessário.

Não interceda no comportamento de ninguém, por mais estranho que seja, respeitando a todos indiscriminadamente, pois assim estará respeitando a si próprio. Não ria nem caçoe de ninguém, mantendo o silêncio absoluto e total. Não ache graça nas entidades incorporadas, pois as mesmas comportam-se de diversas maneiras, dependendo do cavalo, isto faz parte dos trabalhos. Respeite o iniciante incorporado, mesmo achando que o mesmo não esteja firme com o guia, pois os mesmos estão em evolução como todos nós e fazem parte importante nos nossos trabalhos.

Evite o contato físico com os outros, não ponha a mão na cabeça de ninguém, pois você desconhece o que as pessoas trazem consigo mesmo de bom ou de ruim. Somente os médiuns juramentados podem fazer isto, assim assumindo esta responsabilidade.

É perigoso dar consulta, pois no momento da consulta você assume uma responsabilidade espiritual séria consigo mesmo.


A alimentação, bem como o zelo pelo seu corpo físico, é fator preponderante para a boa captação dos fluídos que emanam do aspiral ascendente formado pela ectoplasmia de todos e que de lá vem à verdadeira quota para cada um, de acordo com seus merecimentos. O valor da Entidade depende do corpo físico e mental do cavalo e se o mesmo não tiver uma boa saúde psico-físico e mental a entidade não terá nada para dar a quem necessite.


Acompanhe mentalmente e cante as curimbas, pois as mesmas são orações cantadas e trazem nas suas palavras verdadeiras filosofias de vida e ensinamentos. Não interceda nos curimbeiros solicitando cantar esta ou aquela curimba simplesmente porque você acha bonita ou que rima bem. A curimba é fator de importância nos trabalhos, cabe a quem estiver comandando a gira ordená-las de acordo com a necessidade.


Abra o seu coração, Oxalá veio ao mundo e não o virou, trouxe a sua Doutrina e foi um observador, não será você que poderá julgar os outros. Seja, portanto, um observador oculto da vida, pois viemos ao mundo para sermos comandados e não comandantes. Seja um pequeno homem num mundo grande e não um grande homem num mundo pequeno.


Mediunidade é uma coisa e doutrina espírita é outra. A mediunidade processa-se de diversas maneiras, quer na audição, tato, visão, olfato, incorporação e etc… Doutrinação é o que fazemos nas giras com as entidades, pois: Trabalhamos para as almas e não com as almas.


A nossa doutrina não conserta a vida de ninguém, mas cria condições para que cada um conserte a sua própria vida de acordo com o seu paladar.


Numa sessão todos são vistos e observados e cabe a cada um a responsabilidade espiritual de seus atos.


Abra a sua mente para que você possa verdadeiramente levar consigo e para os seus verdadeiros fluídos de paz e felicidade de acordo com seu merecimento.


Não interceda na vida dos outros os aconselhando, pois você não sabe dos merecimentos dos mesmos e assim procedendo você não assume responsabilidades espirituais. Lembre-se do livre arbítrio de cada um. Viva a indiferença construtiva da sua própria existência.


Não se esqueça do compromisso que você assume com o guia chefe do seu terreiro desde que você resolveu freqüentar a sua casa. Escolha para você próprio os ambientes que freqüentar, não participando de trabalhos baixos, pois a responsabilidade será somente sua e você, um dia, prestará conta da mesma. O mundo dos mortos é incomensurável e nele habitam os mais diversos tipos de espíritos, portanto não os invoque sem conhecimento de causa.


A Umbanda não faz matança, pois os animaizinhos são nossos irmãos e a lei da fraternidade universal as proíbe.


Seja dono do mundo material que você possui não deixando que o mesmo seja o seu próprio dono. Goste do que lhe pertence, mesmo sendo pouco.


Viva a vida como ela se apresenta para você na sua verdadeira beleza, prezando conscientemente pelo seu corpo físico e espiritual. Não se esqueça que as cicatrizes do corpo físico logo saram, mas as cicatrizes da alma cada um carregará pela eternidade. Zele também por sua alma enquanto lhe sobra tempo nesta fase corpórea. Leia o livro da sua própria existência todo dia.


A Umbanda tem fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.

Umbanda é bom para quem sabe ler.

CABOCLO MIRIM - UM LUGAR DIGNO NA HISTÓRIA








Foto: C.C.T Benjamim Figueiredo ( Medium Caboclo Mirim e Pai Roberto )
Fundador da Tenda Espírita Mirim -
Na formação da identidade de um povo, era precioso o conhecimento oral, passado dos mais velhos aos mais jovens, como forma de não se perder o contato com suas origens e manter os antepassados vivos na memória. Dizem ainda que a História da Humanidade sempre foi escrita pelos conquistadores, pelos vitoriosos. Uma regra que não se aplica em tempos de paz, nem pode ser regra para a formação cultural de todos nós, filhos de Fé da nossa querida Umbanda.

Sou apenas um humilde estudioso da religião, mas já aprendi que Umbanda é vida e movimento, é crescimento e evolução, sem dúvida alguma! E na atual fase da nossa religião, é bonito de se ver uma nova geração de filhos trabalhando para elevar a nossa mãe Umbanda a um patamar que sempre mereceu estar. Filhos que olham para frente sem esquecer o passado, lembrando de tudo aquilo que hoje são memórias em nossos corações, mas que continuam mensagens atuais e eternas nas palavras de nossos queridos Guias e Protetores, verdadeiros dirigentes do Movimento Umbandista!

Em 1982 ingressei na Tenda Mirim no Rio de Janeiro, dirigida por aquele senhor de fisionomia austera, mas de um carinho enorme pelos seus filhos de Fé. “Seu” Benjamim Figueiredo já era um senhor idoso, mas quanta energia, quanto domínio tinha aquele Caboclo incorporado em um corpo tão frágil! Caboclo Mirim ainda conduzia com vigor todos os trabalhos, nas Giras e nas sessões de caridade! Claro que aos 15, 16 anos de idade, ainda não podia compreender toda a grandeza do trabalho e da obra daquele ser de Luz, que veio plantar tão linda Escola nestas terras de Santa Cruz. Após o desencarne do Sr. Benjamim, comecei a procurar entender o legado de Mestre Mirim, comparando tudo aquilo que sentia em meu coração, com o que meus guias me traziam e com a narrativa daqueles que ao seu lado estiveram. E muito além de paredes de um templo, pude constatar: Que grande obra deixou o Caboclo Mirim!

Este manifesto não visa defender que a Escola de Mirim seja melhor do que qualquer outra. Acredito que é na diversidade que reside a riqueza da nossa religião, como as mais variadas flores que compõe um só belo jardim!

Sei que em algum momento, na juventude da nossa religião, os ânimos dos dirigentes estiveram exaltados na defesa de suas posições e de seus pontos-de-vista. No passado ainda se imaginava uma Umbanda unificada, centralizada tal qual a Federação Espírita Brasileira no Kardecismo. E sei que grandes abismos foram criados dentre os diversos grupos atuantes na nossa religião. Aliás, pouca coisa mudou nesse sentido...

Mas mesmo assim, os verdadeiros dirigentes da nossa Umbanda, nossos queridos Caboclos e Pretos-Velhos, foram conseguindo trazer sua mensagem, levantando pouco a pouco o véu da ignorância dos Homens, principalmente para todos aqueles de boa-vontade!

Quando se apresentou ao meio umbandista em 1924, é possível que a escola de Caboclo Mirim tenha chocado muita gente. Caboclo Mirim devia mesmo estar muito a frente de seus tempo, já que naqueles dias ainda imperavam rituais muito rústicos tais como matanças de animais, raspagens de cabeça e babalorixás ainda muito afeitos ao Candomblé, e pouco afinados com a verdadeira Umbanda.

Mestre Mirim pôs em prática um ritual mais “limpo”, onde não havia o sincretismo com as imagens católicas, seus médiuns se vestiam de forma sóbria, de uniforme branco e sem aquelas centenas de guias ao pescoço. A hierarquia no terreiro foi dividida em sete graus de iniciação, onde o médium ia ascendendo ao ritmo de seu próprio desenvolvimento espiritual: sem camarinha, “obrigações” ou “recolhimentos”.

Suas Sessões de Caridade sempre foram muito produtivas, pois todos davam sua contribuição para alcançar o bem-estar e a cura de seu semelhante: do encarnado ao desencarnado, do Caboclo ao Exu, todos participavam simultaneamente do atendimento ao público, com discrição e perfeita harmonia. Os atabaques só soavam nas grandiosas Giras mensais, onde dezenas, talvez centenas de médiuns confraternizavam com a espiritualidade, recebendo as bênçãos de seus Guias, na vibração das Sete Linhas da Umbanda!

Penso inclusive que Mestre Mirim preparou o terreno para a corrente espiritual que viria a ser conhecida como “Umbanda Esotérica”. É fato que, já em 1941, no Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda, surgiu pela primeira vez a expressão AUM-BANDHÃ, da língua sânscrita, como sendo a origem do vocábulo UMBANDA. Tal tese foi apresentada pelo Primado de Umbanda, fundado pelo Caboclo Mirim, e é até hoje aceita por diversas correntes umbandistas.

Por todo o exposto, pergunto aos meus irmãos umbandistas:

Como é possível esquecer uma Escola tão profícua, tão bela em seus mistérios e na sua simplicidade, como a Escola de Mestre Mirim?

Como uma semente que germinou por toda a nossa nação, que foi, e é a raiz que originou dezenas de grupamentos umbandistas pode ser negada?

Como um líder, que desde de 1924 dirigiu centenas de irmãos de Fé nas dezenas de casas afiliadas e co-irmãs, em torno de Congressos e Organizações, do porte do Primado de Umbanda, pode ser apagado da História da nossa religião?

Não há resposta. Não é possível. Mas está acontecendo, lentamente...

Em tempos de globalização e da democratização da informação, não encontro uma só referência ao trabalho realizado por Benjamim Gonçalves Figueiredo e pelo Caboclo Mirim, nos difíceis anos de consolidação e divulgação da Umbanda. Eu desafio: podem procurar nos relatos da História da Umbanda, em livros dos principais autores umbandistas, nas matérias das revistas ou nos sites das diversas organizações de nossa religião.

Hoje temos Internet, rádio, revistas e livros que levam às novas gerações o que é e o que esperamos da nossa religião. Na História da Umbanda, todos citam, merecidamente, o respeitado Sr. Zélio Fernandino de Moraes e o grande Caboclo das Sete Encruzilhadas, um dos pilares de nossa fé. Mas como num lapso de tempo, há um salto até meados de 1950, com a divulgação da obra do nobre W.W. da Matta e Silva, como se nada houvesse ocorrido em 50 anos de Umbanda!

Seria por que, a exemplo do Sr. Zélio, o Sr. Benjamim não foi um grande autor literário? Mas a obra dos Caboclos das Sete Encruzilhadas e Mirim fala por si!

Será que não tem valor aqueles obreiros que não tiveram sucessores à altura, ou um bem elaborado trabalho de divulgação na mídia?

Meu objetivo não é competição, nem julgamento do mérito da obra de todos os incansáveis guerreiros da nossa religião. Só peço o digno e merecido espaço a um dos mais importantes baluartes da Umbanda: nosso querido Caboclo Mirim. Será sempre com a lembrança de tão preciosos valores, e com o aprofundamento em nossas raízes que construiremos uma religião livre de aventureiros e aproveitadores.

Clamo a todos, que sentiram em suas vidas a luz de Mestre Mirim, que façam valer suas vozes. Sei que muitas Casas tem em suas origens a influência benéfica desse espírito missionário, que ainda hoje auxilia e coordena os rumos da Umbanda.

É mister que os formadores de opinião do meio umbandista se aprofundem mais nas pesquisas. Os fatos acima narrados são História, estão aí. Sejamos honestos e acima de tudo, justos. Vamos levar aos mais jovens a verdade, estimulando os livres-pensadores e a fé racional, com isenção e humildade.

Como já disse, sou apenas um pequeno aprendiz e pouco posso fazer para levar à publico essa questão, mas espero que tenha podido dar minha pequena contribuição à memória de nossa Umbanda!

Saravá Umbanda!!
Saravá Caboclo Mirim!!
Saravá todos meus irmãos de fé!!

AUTORIA: Sergio Navarro Teixeira - Presidente da Fraternidade Umbandista Luz de Aruanda / Barra Mansa – RJ







Letra: Aline Hermann






FORÇA DIVINA DA NATUREZA


PRESENTE EM TODO LUGAR


GRANDE MÃE QUE NOS ALIMENTA


COM PERMISSÃO DE OBATALÁ



FORTALEÇA SEUS FILHOS DE ARUANDA


UNINDO A UMBANDA E O CANDOMBLÉ


HASTEANDO A BANDEIRA DA PAZ


PROPAGANDO O AMOR E A FÉ



REFRÃO: TAMBORES, DANÇA, ALEGRIA


MAGIA EM TODO CONGÁ


VIVA O PRIMADO DO BRASIL


A CASA DE TODOS OS ORIXÁS



SAUDAMOS O CABOCLO ARRANCA TOCO


EXEMPLO DE CORAGEM E HUMILDADE


SALVE O CABOCLO MIRIM


NA GRANDEZA DE SUA CARIDADE



SALVE YANSÃ, OGUM E OXALÁ


OXOSSI, ERÊ, IOFÁ


SALVE XANGÔ E OXUM


SALVE NOSSA MÃE YEMANJÁ



REFRÃO: TAMBORES, DANÇA, ALEGRIA


MAGIA EM TODO CONGÁ


VIVA O PRIMADO DO BRASIL


A CASA DE TODOS OS ORIXÁS



VIVA O PRIMADO DO BRASIL


A CASA DE TODOS OS ORIXÁS

Hino do Primado do Brasil

domingo, 6 de março de 2011







13 de Março: 14o Encontro Umbandista de Dirigentes Espirituais


Convidamos nossos irmãos para juntos realizarmos este encontro, em nossa sede, que visa trazer informações e traçar novos rumos na religiosidade umbandista além de reforçar nossos laços de amizade.


Para melhor recebê-los solicitamos a confirmação da presença, a fim de providenciarmos almoço à todos que tiverem presença confirmada.

Programação

- 09h00: Recepção dos palestrantes, participantes e café da manhã


- 09h30: Abertuta do encontro por Mãe Rita de Cássia e pela Escola de Curimba e Arte Umbandista Nilton Fernandes de Aruanda
Palestras


- 10h00: Yori, a Linha das Crianças na Umbanda
Palestrante: Mãe Maria Nazareth Dória (Centro de Estudos e Desen. da Umbanda Iansã e Cacique Tupinambá)


- 10h40: Saudação às Crianças pela ECAU Nilton Fernandes de Aruanda


- 11h00: Leis e Documentos Necessários para Assegurar o Direito de Culto, onde e como conseguí-los
Palestrante: Ogã Dr. Hédio da Silva Jr. (Comissão Inter Religiosa da OAB)


- 12h30: Intervalo para almoço


- 13h30: Apresentação – > Conceição da Jurema (Cantora da Umbanda)

- 13h50: Ervas, Pomadas e Unguentos


Palestrante: Dona Cacilda Veloso (Kardecista)


- 14h30: O Uso das Lentes é Confiável?
Palestrante: Dr. Eduardo Kagohara (Cirurgião Oftalmologista da Santa Casa de São Paulo)

- 15h15: Apresentação ECAU Nilton Fernandes de Aruanda

- 15h30: Apoderamento e Empoderamento Religioso
Palestrante: Mãe Rita de Cássia (Filhos do Cacique / Diretora do SOUESP)

- 16h10: Como Tratar o Couro e Consagrar um Atabaque (aula prática)
Palestrante: Ogã Zezinho de Oxalá (ECAU Niltos Fernandes de Aruanda)

- 17h30: Encerramento das Palestras com saudação a nosso Pai Oxalá pela ECAU Niltos Fernandes de Aruanda

Nota:


1. Para participar do encontro é necessário a doação de lei em pó ou Sustagem que serão revertidos à Rede Feminina de Combate ao Câncer.


2. Os palestrantes cumprirão o horário programado. Após cada tema a palestra será repassada ao plenário por 15 minutos para esclarecimento de dúvidas.


3. Solicitamos aos participantes que venham trajados de branco, não sendo necessário roupas de santo.


4. A presença poderá ser confirmada pelos telefones: 2721.3015 e 7616.2890 ou diretamente pelo blog: filhosdocacique.wordpress.com


Abraços Fraternos,


Mãe Rita de Cássia
Sacerdotisa Umbandista
(11) 7616-2890